As vezes me pergunto se quando eu morrer as pessoas lembraram do brlho de meus olhos, de meu sorriso, de minha alegria contagiante...Penso se sentirão falta, saudade ou se vão apenas deixar que tudo o que fui morra, se perca nas sombras escuras e frias da solidão.
Me preocupo se consigo passar e transmitir a todos o meu carinho, meu calor, meu afeto...
Tenho medo; não de morrer mas de me perder no vazio, ficar sozinho em meio a trevas...Me doi mais o medo de pensar que tudo que fiz, que vivi, possa ser inutil e que quando eu me for dessa vida não fique nada pra traz...A não ser um perfume que usei, uma roupa que vesti... O que realmente quero que seja lembrado é meu olhar penetrante, minha força estontiante, minha alegria, minhas brincadeiras, sonhos...
Viver a monotonia do medo, do abandono nem sempre é fácil. Muitas vezes o coração se encontra sangrando e em desespero. As vezes ao chorar ele procura alguem à consola-lo...Procura...E nada encontra! Ai o alge, o topo da solidão, do desespero...
De que adianta ser rico, ter luxo e ficar só? Sozinho o sol esfria, a comida perde o gosto, a vida não tem sentido....
Então não me abandone, não abandone a se mesmo porque a solidão faz sangrar o coração e os olhos derramarem lágrimas incessantes que buscam apenas algo, alguem, até mesmo um simples gesto de carinho e amor...
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